Lapinha-Tabuleiro é uma das mais clássicas travessias no setor sul da gigantesca Serra do Espinhaço, cadeia montanhosa que se estende por mais de 1.200 quilômetros, indo da região central de Minas Gerais ao norte da Bahia.
A expedição se inicia no bucólico distrito Lapinha da Serra, localizado no município de Santana do Riacho, a 140 km de Belo Horizonte, e termina em Tabuleiro, distrito a 19km da sede de Conceição do Mato Dentro.
No formato de 3 dias, o percurso inclui a subida ao Pico do Breu (1.687m), cruza o alto curso do rio Parauninha, e segue atravessando a serra da borda oeste para a borda leste, onde se encontra a mais alta cachoeira de Minas, a cachoeira de Tabuleiro, com seus 273 metros de queda livre.
Os acampamentos são realizados no quintal dos poucos moradores que ainda resistem e perpetuam um modo de viver particular no alto da serra.
A Travessia Lapinha-Tabuleiro é sem dúvida um excelente cartão de visita para quem deseja se iniciar nas terras que parecem sem fim da colossal Serra do Espinhaço.
Atrativos Visitados: Cachoeira do Tabuleiro;Parque Estadual Serra do Intendente;Pico da Lapinha;Pico do Breu;Represa da Lapinha da Serra;Travessia Lapinha x Tabuleiro
Programação: Saída de Belo Horizonte às 5h30 em transporte fretado com destino a Lapinha da Serra. Deslocamento de 2h30, aproximadamente. A caminhada começa suave, mas logo se aproxima do paredão formado pela Serra do Breu, onde teremos pela frente uma subida de 4km contornando toda a base do Pico da Lapinha, de onde se tem uma visão privilegiada da Lagoa da Lapinha e região. A rota segue para ponto mais alto da nossa travessia, o Pico do Breu, com 1.687, sendo necessário uma pequena escalaminhada para conquistar o cume. Em seguida fazemos a descida pela face oeste do Breu, até chegar ao leito do rio Parauninha, ideal para um descanso e um banho de rio.
Depois é hora de seguir rumo sol nascente e cruzar a espinha dorsal que divide importantes bacias hidrográficas. São mais 9km até a nossa próxima base, a casa do nosso casal anfitrião, Zé da Olinta e Dona Maria. Jantar e pernoite em barraca. No local há infraestrutura de banheiro e opção de banho quente. O segundo dia é uma recompensa pelo esforço de percorrer um longo trecho de trekking no dia anterior. Após café da manhã, partimos apenas com mochila de ataque para um bate e volta (10km no total) até a parte alta da Cachoeira do Tabuleiro. As águas do Ribeirão do Campo vão formando poços, esculpindo paredes e criando blocos de pedra, até chegar na extremidade máxima do paredão e cair em uma queda livre de 278m de altura. De um mirante natural é possível contemplar este acidente geográfico único que nos impressiona pela sua magnitude.
Teremos tempo para tomar banho nas piscinas naturais que se formam na parte alta e fazer um piquenique nas pedras antes de voltar para o acampamento. Depois desta forte experiência sensorial, teremos um merecido jantar e quem sabe a companhia das estrelas. Pernoite em barracas e opção de banho quente.
O último dia ainda nos reserva grandes surpresas. Depois de um café da manhã bem cedo, seguiremos em marcha por aproximadamente 2h até a sede do Parque Municipal Ribeirão do Campo, já no município de Conceição do Mato Dentro. Durante a descida passamos por dois mirantes com uma nova perspectiva da Cachoeira do Tabuleiro e seu enorme poço com aproximadamente 20 metros de profundidade. Se do alto a sensação já era indescritível, sentir a força da água que cai à nossa frente torna-se uma experiência mais forte ainda. Teremos tempo para curtir esse momento e seguir de volta até o povoado de Tabuleiro, onde vamos almoçar antes de voltar para Belo Horizonte. Previsão de chegada em BH às 21h.