O Parque Nacional da Serra do Cipó se encontra à 100km da Belo Horizonte e faz parte da Serra do Espinhaço, a maior cadeia montanhosa do país, com mais de 1.200 Km entre os estados de Minas Gerais e Bahia. A Travessia Serra do Cipó – Alto Palácio x Serra dos Alves – foi a primeira oficialmente aberta para visitação e se destaca por acessar as terras mais remotas do Parque, onde predomina a pitoresca paisagem formada pelos campos rupestres, com alto grau de diversidade florística e de endemismo de suas espécies.
O percurso passa pelo Travessão, acidente geográfico de singular beleza cênica, um divisor de águas das bacias do Rio São Francisco e do Rio Doce dentro dos limites do Parque Nacional. Caminhando pelos extensos planaltos ondulados, é possível avistar os principais cumes da região, como Pico do Breu, da Lapinha, Pedra do Elefante e da Serra do Caraça.
Os dois locais permitidos para acampamento durante a travessia contam com uma estrutura simples de abrigo, Casa de Tábuas e Casa de Currais, localizados próximos à cursos d’água. A expedição termina no pequeno vilarejo colonial formado aos pés da Serra dos Alves, na borda oeste do Espinhaço, onde reside uma comunidade rica em costumes tradicionais e guardiã de um modo simples de viver.
Atrativos Visitados: Cachoeira dos Cristais;Canyon Boca da Serra;Centro Histórico da Serra dos Alves;Parque Nacional da Serra do Cipó;Serra dos Alves;Travessão
Programação: Saída de Belo Horizonte às 5:30h em transporte fretado com destino à Serra do Cipó, seguindo até a portaria do parque Alto Palácio. Deslocamento de aproximadamente 2:30h, com parada no caminho para reforçar o café da manhã. O primeiro trecho da travessia tem 8km com subidas de baixa inclinação, passando próximo da cota de 1.500m de altitude, seguida de uma descida mais acentuada até o local da nossa primeira parada: uma pequena lapa onde se encontra preciosas pinturas rupestres em bom estado de conservação. O segundo trecho é o grande atrativo do dia: cruzar os 3km que forma o Travessão, único local possível de atravessar a montanha na direção Norte-Sul.
Daí a origem de seu nome. Trata-se de uma passagem muito utilizada antigamente por tropeiros que abasteciam a região da Estrada Real. O Travessão é divisor entre o Vale da Bocaina e o Vale do Rio do Peixe. Até a Casa de Tábuas, local do nosso primeiro pernoite, são mais 6km com a subida mais forte de toda a travessia, cerca de 480m de elevação acumulada. Jantar e pernoite em barraca. Após café da manhã, nosso rumo continua apontando para o Sul, seguindo o desenho do relevo que forma essa imensa cadeia montanhosa. O primeiro trecho até a nossa próxima base começa com uma longa subida até o ponto mais alto da travessia, acima de 1.600m. Pelo caminho, teremos contato com exemplares de canelas-de-ema gigantes, atravessaremos fragmentos de mata fechada e, após contornar o ponto culminante do parque, seguiremos por trilhas que se perdem pelos extensos planaltos ondulados, perdendo altitude, até chegar na Casa dos Currais. O abrigo desta parada conta com uma bica de água potável, banheiro seco, chuveiro de lata e fogão a lenha, além do rio com pequeno poço para banho que passa bem próximo da casa. Jantar e pernoite em barraca. O último dia ainda nos reserva grandes surpresas.
Após café da manhã, seguiremos pelos campos altos em trajeto suave e bastante contemplativo, antes de iniciar uma longa descida de 6km, passando pelo mirante natural do Cânyon Boca da Serra e pela Cachoeira dos Cristais. Ideal para um banho antes de chegar no nosso destino final. A caminhada segue até cruzar o rio Tanque, onde nosso transfer estará nos aguardando para nos levar até o povoado da Serra dos Alves, pertencente ao município de Itabira. No pequeno vilarejo teremos a nossa espera um delicioso almoço caseiro e local para banho antes de voltar para Belo Horizonte. Previsão de chegada em BH às 20h.