A Caminhos de Rosa tem como referência a vivência, a experiência, baseada na única jornada de Guimarães Rosa, principal escritor nacional do século 20, no sertão mineiro. Nossa maior expertise é promover experiências únicas e personalizadas, baseadas nas histórias que o grande escritor mineiro viveu no sertão de Minas.
A experiência pode ser autoguiada, desde que feita de bicicleta. No site da experiência é disponibilizada a rota para ser baixada e navegada pelo celular. Para fazer a pé é necessário que seja guiada. Normalmente, há grupos fechados em Julho.
Em ambas as escolhas, o turista terá contato com a comunidade local, já que a mesma é quem recebe na casa, pelo projeto hospedarias, onde o morador local recebe o turista. Os moradores são instruídos a contar seu dia-a dia, casos, a fazer quitutes e outros, provocando um sentimento de acolhimento ao turista, e de pertencimento ao morador.
Os moradores, em sua maioria, são ligados ao artesanato, ao trato com a terra, a música, ao folclore, assim, o projeto se torna imersivo, despertando no turista a mesma inspiração que Guimarães Rosa teve em 1952, quando percorreu este caminho.
Atendimento a grupos fechados, empresas, famílias e atletas.
O que você vai visitar: Trecho 1 – Andrequicé
“12 hs. 00 –Vereda (com cursinho dágua, permanente) Vadeável. Vereda do São José. (...)
12 hs. 20’ – Costeamos bela larga vereda – a mais bela – com buritis grandes e meninos, verde e amarelo oiros. Nêles o vento zumbe. As folhas altas, erectas, dedeiam. Vários leques, cada um.
“Sofrer”- amarelo e preto. Bando deles, nos buritis.” João Guimarães Rosa
Trecho de anotações feitas pelo autor, em 1952, que deu origem ao livro A Boiada o Ribeirão do Boi, no km 8 e a Vereda São José, próxima ao km 12,4.
Trecho 2 – Buritizinho, Capela de São Geraldo, o cemitério, e suas barraquinhas.
Senhor Tião, cuidador da Capela e único morador ha mais de 40 anos é o único a nos receber.
Um lugar que fica a 40 km de distância de qualquer centro urbano, tudo em estradas de terras.
Um dos poucos lugares onde ainda não há cobertura telefônica pelo caminho. Buritizinho se
mostra parada no tempo.;
Trecho 3 – Morro da Garça-A recepção em Morro da Garça é logo na entrada da cidade, na Pousada Sol e Lua. Dona Rosa, a proprietária, que divide o tempo entre o hotel e a profissão de professora na escola do município.
Os afazeres do hotel são divididos com seus filhos e um chefe de cozinha renomado em Belo Horizonte. De frente a Casa da Cultura, um importante local, onde são oferecidas oficinas culturais frequentemente, e centro cultural do município.
Sua arquitetura foi pensada para valorizar o Morro, onde toda a armação do telhado segue o contorno do morro, e a cangalha dos carros de boi, uma tradição local, Fazenda Recanto do Morro;
Trecho 4 – Recanto do Morro;
Trecho 5 – Curvelo-É sem dúvida o dia de caminhada mais lindo da travessia, repleto de cerrado, muita mata, e muito isolamento, é uma estrada que não há fluxo de carros. Porém, é tido como o dia mais duro da caminhada, pois além de ser o mais longo, ele quase não tem sombras, e suas longas planícies, dão a sensação de que o ali nunca chega.
Além disso, caminha-se muito para sair da cidade, uns 2-3 km, mas depois, é uma caminhada serena, longa e bela. e a Fazenda Paulista, de propriedade do idealizador do Caminho, lá todos são recebidos em uma sede centenária, com seus 120 anos, toda restaurada;
Trecho 6 – Cordisburgo
“E, mais do que tudo, a Gruta do Maquiné tão inesperada de grande, com seus salões encobertos, diversos, seus enfeites de tantas cores e tantos formatos de sonho, rebrilhando risos na luz – ali dentro a gente se esquecia numa admiração esquisita, mais forte que o juízo de cada um, com mais glória resplandecente do que uma festa, do que uma igreja.” João Guimarães Rosa.
Um trecho rápido e um dos mais curtos do caminho, com seus 21, 7 km, e um trecho bem plano. E bastante sombreado. Fica à escolha do grupo, terminar a caminhada percorrendo a linha férrea. A chegada é na praça Miguilins, onde tem o Portal do Sertão, local onde os peregrinos se reúnem para fotografias. A praça tem como principal atrativos estátuas de cobre, feitas em tamanho real dos principais personagens da viagem da Boiada.
Cordisburgo é uma cidade pequena, e próximo ao pouso, tem muitos bares e trailers, que os peregrinos se reúnem para uma cerveja ao final do dia. Não podemos deixar de falar que lá também tem a gruta do Maquiné, importante ponto turístico e ponto de partida das descobertas de Peter Lund, Museu Guimarães Rosa,casa onde ele passou sua infância, que hoje abriga o Museu. Como os peregrinos chegam cedo, e tudo é muito perto, uns 150 metros da pousada, a visitação pode ser feita com tranquilidade.